terça-feira, 14 de abril de 2020

Atividade do Moodle da semana do dia 6 de abril

 1) Escreva um texto de no mínimo 25 linhas listando e explicando a importância dos protoctistas para o ambiente (importância econômica e ecológica, aborde algas e protozoários). (Cite as fontes que você usou).

O reino Protoctista abrange uma grande variedade de espécies com diversas formas e características. Assim, seus integrantes possuem vastas funções no meio ambiente, muitas delas sendo úteis para nós, humanos. Começando pelos protozoários, que correspondem à porção unicelular e heterotrófica dos protistas, estes seres se destacam pela forma peculiar de como se alimentam: realizam a fagocitose de partículas de alimento ou, até mesmo, de microrganismos menores. Com isso, as bactérias são algumas das principais presas destas criaturas microscópicas. Desta maneira, os protozoários são muito importantes para a regulação das populações de bactérias no solo, por exemplo, digerindo principalmente as bactérias mais velhas, mantendo a população mais jovem, o que garante uma maior decomposição de matéria orgânica morta pelos procariontes, fornecendo nutrientes como nitrogênio e fósforo para as plantas (os protozoários também emitem estas substâncias). Esta predação dos protozoários sobre as bactérias é também explorada no tratamento de águas residuais, em que os protozoários se alimentam das bactérias que acabam floculando durante o processo de tratamento. Alguns protozoários também podem viver no interior de outros seres vivos auxiliando no processo de digestão de nutrientes. Esta forma de relacionamento em que um ser vivo se beneficia enquanto o outro não é prejudicado e nem favorecido é chamada de comensalismo e um exemplo destes protozoários é a Entamoeba coli. As algas possuem diversas funções ecológicas e aplicações na economia. Uma das mais importantes destas é a participação destes seres na produção de oxigênio. As algas, assim como as bactérias, representam uma parcela significativa do plâncton (seres que vivem flutuando nos grandes corpos de água). Estes seres fazem grande parte da fotossíntese do planeta, assim, liberam enormes quantias de gás oxigênio, que é fundamental para diversas formas de vida, principalmente os animais. Devido à ação do plâncton, a Terra passou de um planeta com uma atmosfera praticamente desprovida de oxigênio para uma atmosfera em que a substância representa 21% de sua composição. Além disso, como o plâncton realiza uma porção considerável da fotossíntese, é possível dizer que ele é a base da cadeia alimentar marinha (também possui fortes influências na cadeia alimentar da superfície). A função da fotossíntese também permite a formação de relações simbióticas com espécies de diversos outros reinos. Formam com os fungos, por exemplo, os líquens. O fungo garante uma forma de proteção e melhor absorção de nutrientes para as algas, enquanto estas fornecem a energia sintetizada durante a fotossíntese. Os líquens são fundamentais para a expansão da natureza para ambientes ainda desprovidos de vida, tendo em vista que são capazes de liberar ácidos capazes de degradar rochas, dando origem ao solo no qual outras plantas e fungos conseguem se instalar. Algumas algas microscópicas como as dinoflageladas e as diatomáceas conseguem viver no interior de outras algas maiores ou diversos seres vivos. Assim, também conseguem fornecer os produtos da fotossíntese para o seu hospedeiro em troca de uma garantia de nutrientes e proteção. Estas algas microscópicas são conhecidas como zooxantelas, e podem ser observadas, por exemplo, nos recifes de corais. Os recifes de corais, aliás, se formam justamente por causa da ação de um grupo específico de algas, as rodófitas (também conhecidas como algas vermelhas). Algumas espécies de rodófitas acumulam depósitos de carbonato de cálcio em suas paredes celulares e, com isso, se tornam mais rígidas. Desta maneira, conseguem absorver grande parte do impacto das ondas dos mares, tornando o ambiente marinho ao seu redor mais tranquilo, permitindo a proliferação dos corais. Os corais também podem servir como uma forma de habitat para uma vastidão de espécies marinhas, assim, as algas vermelhas acabam influenciando na vida marinha de forma expressiva. Outro tipo de alga que pode servir de abrigo, além de alimentação, para seres marinhos como os peixes, são os chamados kelps, algas marrons (feófitas) que formam vastas florestas no substrato marinho. As algas marrons possuem várias aplicações nas atividades econômicas. Suas paredes celulares, por exemplo, secretam uma substância chamada algina, que pode ser utilizada na indústria de cosméticos, farmacêutica e até alimentícia (é aplicada na produção de sorvetes). Provavelmente o uso mais famoso das algas na economia é na culinária em si. O sushi, culinária tradicional japonesa e que, nos últimos anos, tem se tornado extremamente popular no mundo inteiro, tem alguns pratos que utilizam algas em sua confecção, especialmente a alga kombu, que também se trata de uma feófita assim como os kelps. Apesar de tudo isso, não podemos minimizar os efeitos negativos que os protistas nos podem trazer. Algas como os dinoflagelados, por exemplo, podem causar o efeito da maré vermelha quando se reproduzem descontroladamente, potencialmente provocando a morte de enormes populações marinhas e até mesmo intoxicá-las, além de reduzir a taxa de fotossíntese nos corpos de água afetados. Há também, obviamente, as protozooses, as doenças causadas pelos protozoários. Estas afetam principalmente as regiões mais desfavorecidas do mundo, sendo uma verdadeira dor de cabeça para América Latina, África e partes da Ásia. Esta ocorrência tem este padrão pois os protozoários vivem principalmente em ambientes aquáticos e se proliferam mais intensamente quando há enormes quantidades de matéria orgânica disponível. Países mais pobres como os das regiões citadas apresentam serviços de tratamento de esgoto e saneamento básico muito precários, assim, favorecem o acúmulo principalmente de lixo e dejetos nos corpos de água, contribuindo para a reprodução destes microrganismos. Protozooses como malária, doença do sono, leishmaniose, dentre várias outras se tornaram características destas regiões e, por isso, grande parte dos estudos feitos sobre estas doenças partem justamente destes países. Só no Brasil, por exemplo, foram registradas uma nova doença: a doença de Chagas, além de sua causadora, o Trypanosoma cruzi, que carregam o nome de duas mentes mais brilhantes da história da ciência no Brasil: Carlos Chagas e Oswaldo Cruz, respectivamente.

Fontes:

Livro didático

Pesquisas registradas no blog (protozooses, classificação das algas, etc.)

https://www.britannica.com/science/protozoan/Ecological-and-industrial-importance-of-protozoans

https://www.slideshare.net/abhigiri02/a-presentation-on-economic-importance-of-protozoan


https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-plancton.htm

https://www.noaa.gov/education/resource-collections/marine-life-education-resources/aquatic-food-webs


https://oceanservice.noaa.gov/facts/kelp.html


2) Escolha uma doença a seguir e descreva seu causador, seus sintomas, seu ciclo de vida, sua profilaxia.

Giardíase
Toxoplasmose
Tricomoníase
Babesiose canina
Coccidiose
Balantidiose

Doença escolhida: toxoplasmose

Agente etiológico: a toxoplasmose é uma protozoose causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, que pertence ao grupo dos apicomplexos. 



Transmissão:

Ciclo de vida: a toxoplasmose se destaca por possuir um ciclo de vida que não depende de mais de um hospedeiro para se concretizar ao todo, assim, o parasita é classificado como heteróxeno facultativo (pode parasitar mais de um hospedeiro, porém, não é obrigatório).

O ciclo começa por meio da ingestão dos cistos do parasita (os oocistos, formas altamente resistentes a ambientes inóspitos ou desfavoráveis à sobrevivência do parasita, como ambientes de elevadas temperaturas e com falta de água, por exemplo), geralmente encontrados nas fezes do hospedeiro anterior (que, além disso, pode contaminar a água). Dentre os organismos que ingerem estes cistos estão mamíferos como porcos, gatos, humanos e roedores, além de outros animais, como as aves. O oocisto, antes da ingestão, passa por um processo de esporulação em que produz vários esporos (os esporozoítos), que são a forma infectante do parasita.


Oocisto.


  Esporozoítos no interior dos oocistos.


No interior do organismo hospedeiro, o oocisto libera os seus vários esporozoítos, que penetram as células do intestino. Em seu interior, os esporozoítos se transformam em taquizoítos. Estes taquizoítos realizam várias divisões binárias, resultando em sua multiplicação. Isto chega a um ponto em que os taquizoítos são tão numerosos que acabam estourando a célula intestinal. Os novos taquizoítos, então, podem infectar as células de outros tecidos (como o muscular e o nervoso). 



 

Quando surge uma resposta por parte do sistema imunológico do hospedeiro, o parasita assume uma forma diferente, a de bradizoíto. Os bradizoítos são praticamente pseudocistos. Conseguem evitar a ação das células do sistema imunológico pois adquirem uma cápsula externa originária das células do próprio organismo, ou seja, se "disfarçam" como fazendo parte do organismo. Devido a sua forma "estática" de pseudocisto, se reproduzem muito mais lentamente do que os taquizoítos. 


 
Quando o tecido infectado destes hospedeiros é consumido (principalmente pelos felinos e, no caso dos humanos, por meio da carne mal cozida) os bradizoítos são ingeridos conjuntamente. Como os humanos correspondem a um hospedeiro intermediário, ou seja, o parasita não conclui o seu ciclo de vida, os bradizoítos simplesmente se transformam de novo em taquizoítos, que se reproduzem. Já os felinos são hospedeiros definitivos do T. gondii, assim, os bradizoítos conseguem, por meio de uma série de processos, gerar os oocistos (resultados da reprodução sexuada do parasita), que são eliminados por meio das fezes, reiniciando o ciclo.




Ciclo de vida do T. gondii

Podemos citar, então, como as principais formas de transmissão da toxoplasmose:
  • Via oral: ingestão de água e alimentos contaminados com as fezes que contém os oocistos do parasita. É a forma de transmissão predominante entre animais em si.
  • Via sanguínea: transfusão de sangue ou transplante de órgãos de um infectado para um recipiente saudável.
  • Via congênita: transmissão de mãe para o feto durante a gravidez através da placenta.
  • Via zoonótica (animal para humano): contato com as fezes de animal contaminado ou ingestão de animais infectados (roedores, aves, etc.). 

Sintomas: na maioria dos casos, a doença não desenvolve sintomas devido à ação do sistema imunológico. Em alguns casos de pessoas com o sistema imunológico comum, podem ocorrer alguns sintomas mais leves como:
  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Fadiga
  • Mal-estar
  • Inchaço dos gânglios linfáticos
Indivíduos que pertencem aos grupos de risco (portadores da AIDS, recém-nascidos, pessoas que realizaram transplante de órgãos, etc.) têm chances maiores de desenvolver sintomas mais intensos:
  • Sintomas de ordem nervosa, como encefalite, confusão (desorientação), mudanças de comportamento, movimentos erráticos e dificuldade para caminhar. Possíveis danos às células oculares, podendo causar cegueira.
  • Afetando o sistema respiratório, pode causar falta de ar, tosse seca ou com sangue, febre, e até mesmo insuficiência respiratória. 
  • Quando atinge o sistema cardíaco, pode provocar o inchaço do músculo do coração (miocardite), levando a complicações do sistema.
A doença também pode apresentar sintomas específicos no caso da transmissão congênita (que, lembrando, ocorre na menor parte das vezes):
  • Icterícia (pele amarelada)
  • Restrição do crescimento intrauterino (o bebê nasce com o corpo menor que o comum)
  • Aumento do volume do fígado e do baço
  • Microcefalia
  • Convulsões
  • Vermelhidão da pele
  • Consequências no desenvolvimento do bebê incluem: atraso no desenvolvimento, inflamação da retina e do coroide (retinocoroidite), dificuldades para enxergar, etc.
Profilaxia:
  • Evitar comer carne mal cozida.
  • Lavar bem as mãos após manejar carne crua, entrar em contato com a caixa de areia de gatos domésticos ou trabalhar no jardim. É preciso prestar atenção redobrada nesta medida entre as grávidas. Outra opção pode ser o uso de luvas durante estas atividades.
  • Se tiver um gato, busque mantê-lo dentro de casa e alimente-o de maneira adequada (rações e comida para gatos enlatada). É importante também tomar cuidado com cães domésticos, tendo em vista que estes podem contrair a toxoplasmose assim como os gatos.
  • Controle da população de ratos e insetos nas proximidades da casa descartando adequadamente o lixo doméstico e as fezes dos animais domésticos. 


Fontes:



https://www.health.harvard.edu/a_to_z/toxoplasmosis-a-to-z

https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/toxoplasmose-3/

https://saude.gov.br/saude-de-a-z/toxoplasmose 

https://www.abc.med.br/p/saude-da-crianca/547467/toxoplasmose+congenita+como+ela+e.htm


 3) Segundo o sistema de Woese (1977), os seres vivos são classificados em seis reinos. O Reino Protista, atualmente chamado de Protoctista, caracteriza-se por uma série de características. Apresente a divisão desse reino e diferencie-os. 

O reino Protoctista não se trata de uma classificação de seres vivos muito bem definida tendo em vista que não há um ancestral comum para todos seus integrantes (ou seja, se trata de um agrupamento polifilético). Assim, se usa o termo "protoctista" para se referir a todos os seres eucariontes que não são fungos, plantas e nem animais. De forma geral, os protoctistas podem ser classificados em protozoários e algas. Os protozoários são seres unicelulares sem parede celular e que se alimentam de forma heterotrófica (isto é, não produzem seu próprio alimento) por meio da fagocitose de partículas de alimentos e microrganismos menores além de matéria orgânica em decomposição. Outro fator que os distingue das algas é a sua capacidade de movimentação (apresentam estruturas como flagelos, cílios e pseudópodes). As algas correspondem aos protoctistas dotados de parede celular (feita de celulosa, sílica, carbonato de cálcio, dentre outras substâncias) e que fazem fotossíntese, a sua maioria é séssil (fixa ao substrato marinho) e a outra parte compõe o fitoplâncton. Os protozoários são classificados de acordo com as estruturas de locomoção que apresentam: cílios (Ciliophora), flagelos (Zoomastigophora), pseudópodes (Rhizopoda), estruturas locomotivas ausentes (Apicomplexa), pseudópodes afiados e rígidos que se dispõem na forma de raios (Actinopoda) e protozoários envoltos por uma carapaça perfurada por onde saem os pseudópodes (Foraminifera). As algas são divididas principalmente com base nos seus pigmentos (o que influencia em suas cores) e a complexidade de suas estruturas: as clorófitas (Chlorophyta) são as algas verdes, podem ser unicelulares ou multicelulares e formam os líquens com os fungos; as feófitas (Phaeophyta) correspondem às algas marrons e apresentam uma grande variedade de espécies principalmente multicelulares: kelps, os Sargassum, que são dotados de flutuabilidade, além de algas utilizadas na culinária (ex.: laminárias como o kombu).  As rodófitas (Rhodophyta) ou algas vermelhas, de maioria multicelular, são importantíssimas para a formação dos recifes de corais. As diatomáceas (Bacillariophyta) são unicelulares e apresentam carapaças de sílicas que se encaixam, envolvendo a célula em si. Fazem parte do fitoplâncton e, quando morrem, as suas carapaças afundam e se acumulam no substrato marinho. Com o tempo, o acúmulo destas estruturas deu origem ao diatomito, tipo de rocha empregada em várias construções e obras famosas, tal como o aqueduto de Roma. Alguns destes grupos de algas, como as algas douradas (Chrysophyta) e as carófitas (Charophyta) apresentam várias similaridades com outros grupos de algas, por isso, estas classificações são mais controversas. Outra classificação muito discutida é a das euglenas (Euglenophyta). Estas "algas" não apresentam parede celular, e, na ausência de luz, conseguem se alimentar por meio de fagocitose, ou seja, não são exclusivamente autotróficas tal como as demais algas. Por último, temos os dinoflagelados (Dinophyta), também chamados de Pyrrophyta por causa de sua característica cor vermelha, possuem dois flagelos que usam para se locomover. Por serem zooxantelas, ou seja, podem ser ingeridas por outras algas para fazer a fotossíntese, fazem parte do fitoplâncton. Estas algas também se caracterizam por sua propriedade de bioluminescência. O fenômeno da maré vermelha, que pode ser muito nocivo para o meio ambiente, é provocado pela intensa multiplicação das algas dinoflageladas.


4) O que são marés vermelhas, onde acontecem, porque acontecem, quem as causa.

A maré vermelha é um fenômeno caracterizado pelas águas do mar ficarem vermelhas por causa da excessiva multiplicação das algas dinoflageladas encontradas na água. Este fenômeno tem como principal causa a concentração de matéria orgânica e nutrientes na água, seja pela deposição de esgoto ou por chuvas excessivas que podem carregá-los até a água.Com o maior fornecimento dos nutrientes necessários para a sua reprodução, as algas se reproduzem intensamente, assim, provocam uma série de consequências além de tornar a coloração da água avermelhada, a maioria delas muito perigosas. Primeiramente, com o aumento da concentração destas algas, elas conseguem bloquear grande parte dos raios luminosos do Sol, efetivamente diminuindo a taxa de fotossíntese por parte das demais algas encontradas no mar. Com a diminuição da fotossíntese, há uma menor quantidade de gás oxigênio sendo disponibilizada para a fauna marinha. Este efeito é intensificado com o consumo do oxigênio, já escasso, por parte das próprias algas dinoflageladas, assim, muitas espécies marinhas acabam morrendo por asfixia. Além disso, os dinoflagelados secretam substâncias que são tóxicas para estes organismos. Assim, por meio do envenenamento da água, intoxicam os peixes, podendo matá-los, ou, no caso de seu consumo, intoxicar humanos. O fenômeno pode apresentar um risco econômico principalmente à atividade pesqueira, pois torna a população de peixes disponível para a pesca muito reduzida.


5) Complete as questões a seguir
A) A leishmaniose é causada pela Leishmania chagasi e é transmitida pela picada do mosquito-palha. 

B) A doença de Chagas é causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi e transmitida pelo barbeiro (Triatoma infestans), quando este defeca no local da picada

C) A malária pode ser causada pelo Plasmodium vivax, P. malariae. P. ovale, dentre outros, e é transmitida pelo mosquito do gênero Anopheles. 

D) A amebíase é causada pela Entamoeba histolytica, quando a pessoa ingere seus cistos. Seus cistos estão na água e alimentos contaminados. E uma das medidas profiláticas é lavar bem frutas e verduras antes de comê-las.

E) A doença do sono é causada pelo Trypanosoma gambiensis ou pelo T. rhodesiense, sendo transmitida pela picada da mosca Tsé-Tsé (Glossina palpalis). 


6) Produza um texto sobre o papel da profilaxia nas doenças causadas pelos protoctistas. (15 linhas). Cite as fontes que você usou. 

As protozooses constituem, na atualidade, um sério problema de saúde pública e refletem as disparidades socioeconômicas que vigoram entre os países desenvolvidos e os ainda em desenvolvimento. Devido a falta de finanças e infraestrutura, muitos destes países mais pobres têm menos condições de oferecer tratamento para a sua população. Desta maneira, as protozooses, assim como vários outros tipos de doenças (viroses, bacterioses, etc.) podem ser mais nocivas nestes países. Tendo isso em vista, a adoção de medidas profiláticas é fundamental para minimizar os riscos destas doenças se espalharem e atingirem cada vez mais pessoas, diminuindo efetivamente os gastos médicos para tratamentos e evitando o sofrimento dos infectados e seus entes próximos. De forma geral, os protozoários são seres que vivem em ambientes aquáticos e prosperam quando há uma maior quantidade de nutrientes e matéria orgânica disponível nestes ambientes. Isto acontece especialmente quando são depostas enormes quantidades de lixo e rejeitos nas águas em decorrência da falta  ou pela precariedade dos sistemas de tratamento de esgoto e saneamento básico característico destes países mais desfavorecidos. Além disso, algumas das populações mais pobres destas regiões muitas vezes se vêm obrigadas a se instalar nas proximidades destes rios e lagos infectados, o que contribuiu, e muito, para a propagação destes protozoários parasitas. Com isso, vemos, então, que uma das principais medidas profiláticas a ser tomada é a melhoria dos sistemas de saneamento e esgoto, além do descarte adequado do lixo, evitando a proliferação destes parasitas assim como a de alguns vetores que transmitem as protozooses (principalmente insetos como mosquitos e percevejos). A melhoria das condições domiciliares também são importantíssimas, tendo em vista que a proximidade destas casas a estes focos de proliferação aumentam as chances de contágio, além de poderem abrigar os vetores de transmissão em frestas e buracos em paredes, tetos, etc. Outra preocupação das medidas de prevenção é principalmente quanto a transmissão por meio de alimentos e água contaminados, tendo em vista que muitos destes parasitas são eliminados em formas muito resistentes (cistos) por meio das fezes de animais contaminados (inclusive nas dos próprios vetores em alguns casos, como o do barbeiro causador da doença de Chagas). Assim, é preciso ter as práticas corretas de higiene ao manejar carnes cruas, vegetais e frutos, sendo recomendado cozinhar bem as carnes e evitar o consumo de carnes muito mal passadas ou cruas além de lavar bem frutas e vegetais. Além dos alimentos, é preciso evitar beber água que não seja potável, pois esta também pode estar carregada destes cistos. 

Fontes:

Material do blog (protozooses)
Blog Segundo Cientista: https://segundocientista.blogspot.com/2016/04/reino-protoctista.html
https://www.biologianet.com/doencas/protozooses.htm

7) Sobre os protozoários parasitas que habitam o intestino humano, eles nutrem-se de resíduos alimentares e são eliminados para fora do organismo para a continuidade do seu ciclo biológico, assinale a alternativa INCORRETA. 
( A ) A transmissão ao homem ocorre por ingestão de cistos desses protozoários contidos em alimentos ou água contaminada.
( B ) A forma biológica encontrada dentro do intestino humano é a cística, que é a forma de resistência.
( C ) A multiplicação desses parasitas é assexuada, por divisão binária.
( D ) Higiene pessoal e defecação em locais apropriados são medidas para evitar o contato com esses parasitas.
( E ) Um dos sintomas da infecção por esses parasitas é a diarreia.  

Resposta: b) A forma biológica encontrada dentro do intestino humano é a cística, que é a forma de resistência.

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