quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Resumo do segundo trimestre

 Introdução ao reino animal (Metazoa):

Características gerais:

-  Células eucariontes, sem parede celular e dotadas de mitocôndrias

- Multicelulares

- Células do mesmo tipo e com funções semelhantes se agrupam para formar tecidos. A associação entre diferentes tecidos formam órgãos que, por sua vez, originam os sistemas

- Para garantir o funcionamento de órgãos e tecidos, as células precisam de uma extensa e complexa rede de comunicações e interações químicas (como os hormônios) e físicas (junções celulares)

- Apresentam colágeno, um material de base proteica que ajuda na sustentação e ligação de órgãos e tecidos

- Nutrição heterotrófica, os animais não produzem seu próprio alimento, precisam consumir os nutrientes que foram produzidos por outros seres (plantas, fungos, etc.) ou que foram comidos por outros animais, fazendo isso através da ingestão 

- Movimentação, os animais são capazes de se deslocar utilizando estruturas específicas (cílios, apêndices, tentáculos, etc.)

- Reserva energética, açúcares podem ser convertidos na forma de glicogênio. Estas reservas são acessadas durante atividades que requerem grande quantidade de energia

- Grande diversidade, os animais apresentam uma enorme diversidade em suas formas de vida. Em geral, são divididos em nove filos diferentes: Porifera, Cnidaria, Platyhelminthes, Nematelminthes, Mollusca, Annelida, Arthropoda, Echinodermata e Chordata

- Sinapomorfia dos animais: ocorrência do estágio de blástula durante o desenvolvimento embrionário

- Acredita-se que os animais tenham surgido a partir de colônias de protozoários flagelados (coanoflagelados)


Embriologia dos animais:

- Os animais apresentam desenvolvimento embrionário, isto é, o processo através do qual o zigoto, resultado da fusão entre os gametas masculino e feminino, se desenvolve, formando o embrião. A fecundação dá origem ao zigoto que, posteriormente, começa a se dividir, sem, contudo, aumentar o volume das células. Esta série de divisões mitóticas pela qual passa o zigoto é chamada de clivagem, e ela pode variar de espécie para espécie em decorrência dos diferentes tipos de óvulos:

   - Polo vegetal: reserva nutritiva que vai sustentar o embrião (vitelo)

   - Polo animal: conjunto de células que vai originar o organismo

      - Segmentação holoblástica: clivagem ocorre em todo o óvulo, pode ser igual: gera blastômeros (células) de tamanhos iguais ou desigual: gera blastômeros de tamanhos diferentes

         - Segmentação meroblástica: clivagem ocorre em parte do óvulo, pode ser discoidal ou superficial

              - Sem vitelo (alécitos) - mamíferos placentários - holoblástica igual

           - Pouco vitelo distribuído homogeneamente (oligolécitos) - anelídeos, platelmintos, moluscos, etc. - holoblástica igual

       - Quantidade intermediária de vitelo concentrado em uma metade do óvulo (mesolécitos) - holoblástica desigual

          - Muito vitelo ocupando boa parte óvulo (telolécitos) - aves, répteis, peixes, etc. - meroblástica discoidal

            - Muito vitelo ocupando o centro do óvulo (centrolécitos) - artrópodes - meroblástica superficial

Após algumas mitoses, o zigoto dá origem à mórula, uma bola maciça de oito células. Em seguida, a mórula se multiplica até chegar a 32 células no estágio de blástula. A blástula é a sinapomorfia dos animais, isto é, é a característica que todos os seus integrantes têm e os difere em relação aos seus seres vivos ancestrais. A blástula consiste em uma única camada (blastoderme) de células (blastômeros) com uma cavidade interna, a blastocele, preenchida por líquido. Após a blástula vem a fase de gástrula, onde acontece a gastrulação: uma parte da blástula começa a se invaginar (dobrar sobre si mesma), criando uma espécie de orifício, o blastóporo, que abre para a cavidade, o arquêntero. A gastrulação é importante para os animais pois é nela onde começam a se definir os tecidos embrionários (ectoderma e endoderma em diblásticos e ectoderma, mesoderma e endoderma nos triblásticos). O arquêntero dará origem a cavidade digestiva e o blastóporo formará, nos protostômios, a boca e, nos deuterostômios, o ânus. A última fase da embriogênese é a de nêurula, onde o acontecimento mais importante é o início da diferenciação dos tecidos embrionários em órgãos: a ectoderma origina a superfície corporal (epiderme), o sistema nervoso e os órgãos sensoriais; a mesoderma dá origem ao sistema circulatório, esquelético, muscular, reprodutor e excretor; e a endoderma forma os órgãos dos sistemas digestório e respiratório. 



Poríferos:


Características:

- Assimétricos 

- Não possuem tecidos: os poríferos não fazem a gastrulação, assim, não desenvolvem camadas germinativas, culminando na ausência de tecidos e órgãos complexos. Animal FALSOS (Parazoa), as esponjas não fazem parte dos Eumetazoa (animais verdadeiros) que nem os outros filos

- Formados por vários tipos diferentes de células: coanócitos, pinacócitos, amebócitos, esclerócitos, porócitos, etc.

- Corpo de formato geralmente tubular e oco. Consiste em uma parede fina com várias aberturas (óstios), por onde a água entra, levando até uma câmara aberta, o átrio, que se comunica ao meio externo através da abertura do topo, o ósculo

- São considerados animais filtradores: se alimentam extraindo partículas de alimento e microrganismos em suspensão na água através de suas células especiais: os coanócitos, cujo interior é onde ocorre a digestão (digestão intracelular)

- Sem órgãos circulatórios, nervosos ou sensoriais

- Respiração por difusão: trocam oxigênio e gás carbônico diretamente com a água

- Excreção por difusão: removem resíduos metabólicos diretamente na água

- "Esqueleto"  - espículas geram sustentação para as esponjas

- Sésseis: vivem fixos no substrato

- Monoicos (hermafroditas)

- Reprodução assexuada (brotamento, fragmentação, etc.) e sexuada (liberação de gametas)

- Desenvolvimento indireto (larva anfiblástula)

- Exclusivamente aquáticos (tanto águas salgadas quanto doces)


Estrutura do corpo e tipos de células:

- Corpo tubular, assimétrico e delgado

- Formado por duas camadas de células, uma externa, a pinacoderme, e uma interna, a coanoderme, além de um meio gelatinoso formado por água, proteínas, colágeno e uma série de células ameboides

- A pinacoderme é formada por células compridas e com função de revestimento, os pinacócitos

- Os óstios, poros por onde os fluxos de água entram, são revestidos por células chamadas porócitos

- Na coanoderme encontramos as células especiais dos poríferos, os coanócitos, que se assemelham a certos tipos de protozoários flagelados, o que sugere uma provável ligação evolutiva entre animais e os protistas. Os coanócitos são, essencialmente, uma célula ovoide com um flagelo em sua região posterior, sendo que este flagelo é envolvido por um conjunto de vilosidades formando um "colar" que ajuda a prender os alimentos. Os coanócitos são fundamentais para a alimentação da esponja tendo em vista que é o batimento de seus flagelos que provocam a entrada de correntes de água de onde obtêm os nutrientes

- No mesohilo, camada gelatinosa encontrada entre a pinacoderme e a coanoderme, encontramos várias células ameboides (deslocamento por pseudópodes), dentre elas:

        - Esclerócitos - secretam as espículas, "espinhos" de calcário ou sílica, responsáveis por sustentar o animal e fixá-lo ao solo marinho;

        - Colêncitos: secretam fibras de colágeno, como a espongina (esponjas somente de espongina, sem espículas = esponjas adequadas para o banho); 

       - Amebócitos: alto poder de multiplicação e diferenciação ("células-tronco" - regeneração), dão origem às células reprodutoras e transferem os nutrientes digeridos pelos coanócitos para as outras células do corpo




- Existem três formas corporais diferentes nos poríferos: asconoide, siconoide e leuconoide. Quanto maior a ramificação dos poros e mais reduzido o átrio em função do aumento da área utilizada para a absorção de alimentos, mais "complexa" a esponja.

           - Asconoide: átrio maior, poros simples (sem muitas ramificações)

       - Siconoide: os poros começam a se desenvolver, formando sistemas de canais com algumas bifurcações e dobras, aumentando o contato dos coanócitos com a água

       - Leuconoide: forma mais complexa. Átrio significativamente reduzido e boa parte do corpo ocupada por "túneis" e câmaras vibráteis (câmaras revestidas de coanócitos - máxima absorção de nutrientes)

Reprodução:

- Reprodução sexuada: conversão dos coanócitos em espermatozoides e dos arqueócitos ou amebócitos em óvulos. Os espermatozoides são liberados e nadam até a outra esponja e fecundam o óvulo. O zigoto fica guardado no mesohilo até se desenvolver em uma larva achatada e livre-natante (anfiblástula), que nada até encontrar um local adequado para se fixar e crescer, formando uma nova esponja

- Reprodução assexuada:

        - Fragmentação: uma parte da esponja se desprende e forma um novo indivíduo

     - Brotamento: ocorre o crescimento de uma protuberância na parede da esponja resultando na formação de uma outra esponja "grudada" - formação de corais

        - Regeneração: cortando a esponja em vários pedaços, cada um deles pode reconstituir uma única esponja ou formar várias delas graças ao potencial de diferenciação delas

      - Gemulação: mecanismo de sobrevivência dos poríferos de água doce para períodos desfavoráveis (secas, temperaturas altas, acidez elevada, etc.) onde a esponja se reduz a um tamanho bastante pequeno, guardando consigo apenas alguns arqueócitos protegidos por uma parede de colágeno e espículas. Quando os tempos adversos passam, a esponja volta a crescer


Classificação das esponjas:

- Demospongiae: leuconoides, espículas de espongina e/ou sílica

- Calcariae: espículas de calcário

- Hexactinellida: pinacoderme ausente e células unidas (citoplasma compartilhado - sincícios)


Importância das esponjas:

- Comercialização: uso das esponjas como material de higiene e limpeza

- Alimentação e abrigo para seres aquáticos

- Formação de corais

- A sílica, material que compõe as espículas de algumas esponjas, pode ser usada para produzir vidro e microchips


Cnidários:


Características:

- Simetria radial | (poríferos: assimétricos)

- Diblásticos | (poríferos: não têm tecidos verdadeiros)

- Apomorfia: presença de células especiais urticantes (cnidócitos) - usadas pelos cnidários para se defender e caçar outros animais

- Duas formas corporais: pólipo e medusa

- Pólipo: forma bentônica (associada ao substrato), boca e tentáculos voltados para cima

- Medusa: forma natante, boca e tentáculos voltados para baixo

- Formado por duas camadas: uma externa (epiderme) formada por células epiteliais, sensoriais, epitélio-musculares (funções lembram as células musculares mas são derivadas da ectoderma, e não da mesoderma) e cnidócitos; e uma interna (gastroderme), formada por células epitélio-digestivas e mais alguns cnidócitos que ajudam a paralisar a presa na cavidade gastrovascular. Entre estas duas camadas há uma mesogleia, uma área de consistência gelatinosa feita principalmente por água e proteínas. Diferentemente das esponjas, não apresentam células nessa camada. A mesogleia dá elasticidade e flexibilidade aos cnidários (pense nas águas-vivas, por exemplo)

- Sistema digestório incompleto: somente uma abertura para a entrada de alimentos e saída dos restos não aproveitados. Blastóporo forma a abertura e o arquêntero a cavidade gastrovascular. A digestão do alimento começa na cavidade gastrovascular externamente às células e terminam dentro delas - digestão extra e intracelular | (poríferos: não apresentavam aparelho digestivo)

- Locomoção: medusas conseguem se movimentar através de seus tentáculos, puxam água para dentro de seus corpos e a eliminam, se impulsionando na água. Alguns pólipos conseguem se mover quando ameaçados. | (poríferos: completamente sésseis)

- Sistema nervoso difuso: neurônios "espalhados" pelo corpo, formando uma rede nervosa | (poríferos: sem sistema nervoso)


- Órgãos sensoriais: conseguem perceber o toque através de pelos em sua superfície corporal. Algumas espécies têm estruturas que assemelham um "olho primitivo" capaz de perceber luminosidade | (poríferos: sem órgãos sensoriais)

- Respiração por difusão: trocas gasosas feitas diretamente com a água | (mesma coisa nos poríferos)

- Circulação de nutrientes por difusão: sistema circulatório ausente | (mesma coisa nos poríferos)

- Excreção por difusão: remoção de rejeitos metabólicos diretamente na água | (mesma coisa nos poríferos)

- Monoicos e dioicos 

- Reprodução assexuada (fragmentação, brotamento, estrobilação, etc.) e sexuada (metagênese) 

- Desenvolvimento indireto (larva plânula) | (poríferos também possuem desenvolvimento indireto, este na forma de larva anfiblástula)


Classificação dos cnidários:

- Anthozoa (antozoários): exclusivamente polipoides (não apresentam metagênese), reprodução assexuada (predominante) e sexuada (menos frequente, ocorre em épocas adversas). Exemplo: anêmonas

- Cubozoa (cubozoários): predominantemente medusoides em formato de cubo, reprodução sexuada (metagênese, alternam entre pólipo e medusa) e assexuada (brotamento), tentáculos se desenvolvem em partes limitadas do corpo, cnidócitos muito poderosos, podem ser letais para humanos. Exemplo: vespa-do-mar

- Hydrozoa (hidrozoários): formas medusoide e polipoide, vivem tanto em água doce quanto do mar, algumas espécies possuem formas polipoide capazes de locomoção (hidras - se movem por cambalhotas), na reprodução, os gametas são produzidos na ectoderme, ficando expostos à água. Exemplos: hidras e caravelas 

- Scyphozoa (cifozoários): formas predominante medusoides, reprodução sexuada (metagênese, alternam entre pólipo e medusa), corpo da medusa tem forma de sino ou guarda-chuva. Exemplos: águas-vivas


Reprodução dos cnidários:

 - Reprodução assexuada: 

            - Fragmentação: uma parte cortada de um cnidário pode formar um novo indivíduo

            - Brotamento: formas principalmente polipoides desenvolvem brotos em suas paredes que dão origem a outro pólipo

  - Reprodução sexuada: pode acontecer por fecundação interna (gameta masculino fecunda o feminino dentro do seu corpo) ou externa (gametas masculino e feminino são liberados e se encontram na água)

            - Metagênese: tipo de reprodução sexuada típica dos cnidários onde a reprodução sexuada entre dois medusoides dá origem a uma larva plânula (achatada), que se fixa no solo e desenvolve um pólipo bastante reduzido. O pólipo começa se reproduz assexuadamente desenvolvendo brotos, sendo que estes brotos, posteriormente, passam por um processo denominado estrobilação, em que são cortados em vários "discos" que dão origem a medusas jovens, as éfiras, que se desprendem do pólipo e crescem até se tornarem adultas. O processo de metagênese, então, consiste em uma forma de alternância de gerações, ou seja, em que o organismo passa tanto por uma fase assexuada quanto uma sexuada em seu ciclo de vida.



Platelmintos:

Características:

- Simetria bilateral | (nos cnidários: radial)

- Triblásticos | (nos cnidários: diblásticos)

- Acelomados | (mesma coisa nos cnidários pois estes só formam dois tecidos embrionários)


- Corpo vermiforme | (longo e achatado pela ausência de celoma)

- Parede corporal multicelular em formas de vida livre e sincicial nos parasitas


- Sistema nervoso ventral ganglionar (conjunto de células nervosas concentradas em pontos específicos do corpo = gânglio) e com traços de cefalização (concentração da maior parte do sistema nervoso na região anterior do corpo - "cabeça"). | (nos cnidários o sistema nervoso é difuso)

- Apresentam alguns órgãos sensoriais mais complexos, como ocelos, quimiorreceptores e mecanorreceptores | (nos cnidários os órgãos sensoriais são poucos e reduzidos)

- Sistema muscular com músculos circulares e longitudinais. Locomoção através de cílios e/ou debatimento em algumas espécies | (nos cnidários não há músculos verdadeiros, os polipoides não tendem a se locomover e as medusas se deslocam por tentáculos)

- Sistema excretor de protonefrídios, tubos que percorrem o corpo recolhendo resíduos tóxicos para serem eliminados do corpo através de aberturas na epiderme | (nos cnidários não há sistema excretor, as trocas são feitas por difusão na água)

- Sistema digestório incompleto: apresentam somente uma boca por onde entra o alimenta e saem as excretas. Algumas espécies de vida livre possuem uma faringe estendível que "suga" as partículas de alimento enquanto algumas parasitas têm sistema digestório reduzido ou, até mesmo, ausente. A digestão dos alimentos tem início no tubo digestório e termina no interior das células - digestão extra e intracelular | (nos cnidários o sistema digestório também é incompleto e a digestão ocorre extra e intracelularmente)

- Ausência de sistema respiratório: trocas gasosas são feitas por difusão através da pele | (mesma coisa nos cnidários)

- Circulação de nutrientes por difusão: sistema circulatório ausente | (mesma coisa nos cnidários)

- Existem espécies monoicas (maioria) e dioicas (minoria)

- Reprodução assexuada (platelmintos têm excelentes capacidades de regeneração) e sexuada (podem fecundar outros indivíduos ou a si mesmos). 

- Podem, ou não, apresentar estágios larvais

- Podem ser de vida livre ou parasitar outros animais, podendo causar doenças em humanos: teníase, cisticercose e esquistossomose 

- Vivem, geralmente, em ambientes aquáticos (tanto água doce quanto salgada)


Classificação dos platelmintos:

- Turbellaria: de vida livre e geralmente bem pequenos, apresentam ocelos na região anterior do corpo, tubo digestório presente, fazem reprodução assexuada (fragmentação seguida de regeneração) e sexuada (fecundação cruzada ou autofecundação), desenvolvimento direto. Exemplos: planárias e policladidos

- Cestoda: parasitas com espécies causadoras de doença (tênias), tubo digestório reduzido, cabeça com estruturas que se fixam ao tecido do hospedeiro e sugam o sangue, podem alcançar grandes extensões e, mesmo assim, ocupar espaços apertados (como o intestino de seus hospedeiros), possuem uma forma de "segmentação": o seu corpo em formato de "fita" é dividido em proglotes, sendo que, quanto mais próximas forem da cabeça ou escólex, mais imaturas no quesito reprodutivo elas são. Têm desenvolvimento indireto (em algum momento de seus ciclos de vida apresentam larva) e alternam entre uma geração sexuada e outra assexuada. Exemplos: solitárias (Taenia solium e Taenia saginata)

- Trematoda: parasitas com espécies causadoras de doença (esquistossomose), utilizam ventosas para se fixar ao corpo do hospedeiro,maioria dioica com uma exceção importante sendo o esquistossomo, que é monoico e com uma clara diferenciação entre macho e fêmea, o macho possui um sulco em seu corpo onde a fêmea se acopla durante a cópula, possuem desenvolvimento indireto (estágio larval em algum ponto de seus ciclos de vida) e alternância entre etapas assexuadas e sexuadas. Exemplos: Schistosoma mansoni

Reprodução dos platelmintos (turbelários):

- Reprodução assexuada:

        - Fragmentação e regeneração: alguns platelmintos podem ser cortados em vários pedaços e de cada um deles surge um novo indivíduo graças ao alto poder regenerativo destas espécies


- Reprodução sexuada: como a maioria dos turbelários é monoica, podem fertilizar a si mesmos, porém, preferem realizar a chamada fecundação cruzada - trocam gametas entre si. O desenvolvimento é direto.     


Ciclo de vida das solitárias (tênias):

- As tênias são seres heteroxênicos, ou seja, precisam de mais de um hospedeiro para completarem os seus ciclos de vida. Precisam, primeiro, infectar um hospedeiro intermediário (porco, no caso da T. solium e boi, no caso da T. saginata) para, então, infectar um hospedeiro definitivo (humanos), onde concluem seus ciclos de vida gerando novos ovos. 

- Esse processo tem início quando o hospedeiro intermediário ingere algo, como água, terra, alimentos, vegetação, entre outros, que estejam contaminados com ovos da tênia. 

- Os ovos chegam até o intestino do animal, eclodindo e liberando as larvas na forma de oncosfera.

- As oncosferas penetram na parede intestinal do hospedeiro, caindo na corrente sanguínea e sendo levados até a musculatura do animal, onde se desenvolve em larva cisticerco

- A passagem do verme do hospedeiro intermediário para o definitivo se dá através da ingestão de sua carne contaminada

- Ao chegar no intestino, o cisticerco se desenvolve ao estágio adulto e passa a parasitar o hospedeiro definitivo, absorvendo parte de seus nutrientes

- Enquanto ainda se encontra no intestino, a tênia, agora adulta, se encontra enrolada para caber no tubo digestório, assim, em algum momento dois proglotes maduros se encostam e trocam gametas, se tornando grávidos. 

- Os proglotes grávidos se destacam do resto da tênia e são liberados juntamente com as fezes. Caso o indivíduo esteja em uma situação de acesso limitado a serviços como saneamento básico e tratamento de esgoto, as suas fezes infectadas podem contaminar o solo e a água que são usados nos plantios, potencialmente afetando mais porcos e bois que podem se tornar infectados também. 

Prevenção para a transmissão da teníase: evitar defecar próximo de corpos de água, prover serviços de saneamento básico, como tratamento de água e esgoto para populações necessitadas, que podem ser mais impactadas pela doença, usar ou beber somente água filtrada, lavar bem frutas e verduras antes de comê-las, realizar a fiscalização adequada de carnes de porco e boi para determinar as peças que ainda podem ser aproveitadas ou não, cozinhar bem carnes de porco e boi antes de comer (o processo de cozimento pode matar os cisticercos), realização de testes ou exames de diagnóstico a fim de identificar os doentes para prover atendimento médico e evitar a proliferação do verme

Alguns sinais ou sintomas da teníase são: perda de peso, alteração de apetite, desconforto, náusea, vômito, fadiga, indisposição, diarreia, entre outros. 

Quando o homem ingere diretamente os ovos da T. solium, o cisticerco pode se desenvolver em seus próprios órgãos, incluindo pulmão, coração, musculatura e, até mesmo, o cérebro, causando a neurocisticercose, provocando sintomas como convulsões, loucura, paralisias, deficiências visuais, etc.


Ciclo de vida do esquistossomo (esquistossomose):

- Os esquistossomos (Schistosoma mansoni é o mais recorrente no Brasil) são platelmintos da classe Trematoda que se caracterizam como seres heteroxênicos (precisam de mais de um hospedeiro para concluir seus ciclos de vida) e dioicos (sexos separados). Os hospedeiros afetados pelo esquistossomo são os caramujos de água doce (Biomphalaria sp.), que servem como hospedeiros intermediários, e os humanos, que atuam como hospedeiros definitivos.

- O homem defeca ou urina em um local próximo à água doce, onde caramujos costumam viver, e contamina esta água com os ovos do verme

- Os ovos eclodem na água e liberam o verme em sua forma de larva miracídio

- O miracídio nada até o hospedeiro intermediário e penetra em sua pele

- Dentro do hospedeiro intermediário, o miracídio se reproduz, produzindo as larvas cercárias

- O molusco infectado libera as larvas cercárias na água

- Quando o homem entra em contato com a água contaminada pelas cercárias, elas podem penetrar em sua pele e cair na corrente sanguínea

- Dentro do homem, a cercária perde algumas estruturas larvais e se torna um esquistossômulo. Nessa forma, o verme se desloca pelo corpo através das vias sanguíneas

- Chegando no fígado, o esquistossômulo se desenvolve e assume a forma adulta (esquistossomo)

- Por último, o esquistossomo se desloca para o intestino ou para a bexiga, onde se reproduz continuamente, produzindo centenas de ovos que são expelidos juntamente com as fezes ou com a urina, reiniciando o ciclo


Prevenção para a esquistossomose:

- Evitar nadar, tomar banho ou consumir água de locais onde possa haver esquistossomos ou seus caramujos hospedeiros

- Não urinar ou defecar próximo a corpos de água como rios e lagos

- Fornecimento de saneamento básico (tratamento de água, coleta e tratamento de esgoto, etc.)

- Controle da população de caramujos

- Realização de testes de diagnóstico em possíveis infectados para evitar a propagação da verminose e para tratá-los corretamente

- Educação sanitária

Sinais ou sintomas da esquistossomose: febre, dor de cabeça, suores, coceira, manchas vermelhas na pele, dores abdominais, vômito, náusea, falta de apetite, inchaço do fígado e do baço ("barriga d'água"), inchaço dos gânglios linfáticos, diarreia, emagrecimento 

Obs.: a esquistossomose, caso não tratada, pode ser fatal


Nematelmintos/nematoides:


Características:

- Simetria bilateral | (mesma coisa nos platelmintos)

- Triblásticos | (mesma coisa nos platelmintos)

- Protostômios - blastóporo dá origem à boca | (mesma coisa nos platelmintos)

- Pseudocelomados - cavidade corporal interna é derivada da blastocele (blastoceloma), não constitui um celoma verdadeiro | (os platelmintos são acelomados)


- Corpo vermiforme: alongado e cilíndrico | (platelmintos têm um corpo alongado e achatado)

- Possuem uma camada de cutícula envolvendo a epiderme. Ao longo de sua vida, os nematoides crescem e precisam trocar essa cutícula (muda ou ecidse - fazem parte dos Ecdysozoa) | (platelmintos não fazem ecdise)

- Sistema nervoso ganglionar e cefalizado, órgãos sensoriais são reduzidos porém presentes | (parecido com os platelmintos, mas neles os órgãos sensoriais são mais visíveis)

- Músculos longitudinais, se deslocam realizando movimentos de "chicote", suas células musculares se estendem até os nervos e não o contrário | (platelmintos têm músculos longitudinais e circulares e mais opções de locomoção)

- Esqueleto hidrostático: o fluido do pseudoceloma exerce pressão contra o corpo, servindo como uma sustentação para a ação dos músculos | (platelmintos, por serem acelomados, não têm sustentação)

- Respiração por difusão: trocas gasosas feitas diretamente com a água através da pele | (mesma coisa nos platelmintos)

- Circulação de nutrientes por difusão: sistema circulatório ausente | (mesma coisa nos platelmintos)

- Excreção por renetes: células especiais em formato de "H" (dois canais longitudinais em cada lado do corpo se comunicando por um canal latitudinal) | (nos platelmintos o sistema excretor é de protonefrídios)

- Dioicos | (nos platelmintos a maioria é monoica)

- Dimorfismo sexual: fêmeas costumam ser maiores e os machos são mais curtos e têm espículas na ponta para ajudar a se grudar na fêmea durante a cópula | (nos platelmintos, como a maioria é monoica, o dimorfismo é pouco presente)

- Reprodução sexuada | (nos platelmintos pode ser assexuada, também)

- Desenvolvimento costuma ser direto, as espécies parasíticas têm estágios larvais | (mesma coisa nos platelmintos)

- Sistema digestório completo - possuem aberturas para a entrada de alimento (boca) e para a saída de rejeitos ou fezes (ânus) | (nos platelmintos é incompleto)

- Existem formas de vida livre e parasíticas que podem provocar doenças - ascaridíase, filariose, ancilostomose, etc. | (mesma coisa nos platelmintos)

- Costumam viver em ambientes aquáticos ou locais úmidos | (mesma coisa nos platelmintos)


Reprodução dos nematelmintos (vida livre):

- Simplesmente ocorre uma troca de gametas entre macho e fêmea. O macho se "enrola" na fêmea e penetra a sua cloaca no poro genital da fêmea, usando, para isso, suas "espículas". A fecundação ocorre internamente e a fêmea põe milhares de ovos, de onde saem indivíduos parecidos com as formas adultas porém diminutas (desenvolvimento direto)

Ciclo de vida da "lombriga" (ascaridíase)

- A "lombriga" ou Ascaris lumbricoides é o nematoide causador da doença ascaridíase. Diferentemente dos vermes platelmintos, essa espécie é monoxênica, ou seja, só precisa de um hospedeiro para completar o seu ciclo de vida, podendo ele ser um humano ou não (isto é, pode atingir outros animais também)

- O verme adulto põe os ovos onde se formam os embriões (L1), que passam por outro estágio de desenvolvimento se tornando larvas rabditoides (L2)

- A transmissão para o humano ocorre quando este ingere os ovos contendo as larvas L2 em alimentos ou água contaminados

- A larva L2 eclode do ovo nos intestinos e penetram na parede do órgão, caindo na circulação sanguínea

- Através da circulação, a larva chega até o pulmão, onde se instala nos capilares do alvéolo e desenvolve para o estágio L3, e, depois para o L4, rompendo os capilares e caindo diretamente no interior dos alvéolos

- Enquanto nos alvéolos pulmonares, a larva provoca reações e complicações respiratórias, como falta de ar e tosse

- Por causa da tosse, a larva L4 "sobe" pelo trato respiratório (bronquíolos, brônquios, traqueia, laringe) até chegar à faringe (conecta os tubos respiratório e digestório) e ser deglutida (engolida) e cair no intestino novamente

- No intestino o verme assume a sua forma adulta definitiva (L5) e se alimenta dos nutrientes do hospedeiro. Começa, também, a se reproduzir, formando milhares de ovos que são levados pelas fezes, concluindo o ciclo

Prevenção da ascaridíase: saneamento básico, consumir somente água engarrafada, tratada ou fervida, lavar bem frutas e verduras antes de comer, evitar defecar próximo a corpos de água, educação sanitária e práticas de higiene

Sintomas da ascaridíase: pode ser assintomática (sem sintomas), provocar efeitos respiratórios: tosse, falta de ar, congestão, febre, etc. e digestórios: falta de apetite, perda de peso, diarreia, náusea, fadiga, fraqueza, obstrução intestinal, etc.


Ciclo de vida do "amarelão" (ancilostomose)

- A ancilostomose é uma doença que pode ser provocada por duas espécies principais: o Necator americanus ou o Ancylostoma duodenale, ambas sendo monoxênicas (somente um hospedeiro necessário para a conclusão do ciclo de vida, geralmente o homem). 

- O ciclo começa com a postura dos ovos (L1) pelo verme adulto no solo

- Dos ovos eclodem as larvas do verme em suas formas rabditoides não-infectantes (L2), que têm vida livre por um período até virarem filarioides infectantes (L3)

- A contaminação ocorre quando a filarioide entra em contato direto com a epiderme do homem, a penetrando e invadindo a sua corrente sanguínea

- Por meio da corrente sanguínea, a larva filarioide viaja pelo corpo, chegando a diversos órgãos infectáveis, inclusive o pulmão

- No pulmão, a larva faz um caminho semelhante ao da Ascaris, isto é, cai nos alvéolos pulmonares (L4) e sobe até a faringe, onde acaba sendo deglutida

- Deglutida, cai no intestino, onde finaliza os seus estágios larvais se tornando um verme adulto (L5). Passa, então, a se reproduzir, liberando vários ovos que são eliminados pelas fezes 

Prevenção da ancilostomose: evitar andar descalço principalmente na terra ou na areia (atentar especialmente para crianças e animais, já que estes podem ser mais vulneráveis), saneamento básico, educação sanitária (práticas de higiene, evitar defecar em locais indevidos, etc.)

Sintomas da ancilostomose: parecidos com os da ascaridíase: manchas vermelhas, coceira, perda de peso, fadiga, fraqueza, náusea, diarreia e anemia. Alguns sintomas característicos desta doença são a icterícia (pele amarelada - por isso o nome da doença, "amarelão") e a geofagia (vontade de comer terra - forma de sanar a anemia)


Ciclo de vida da filária (filariose/elefantíase)

- A filariose (ou elefantíase) é uma doença causada por diversos parasitas, sendo o mais comum deles no continente americano a Wuchereria bancrofti. Difere da lombriga e do amarelão pois este nematoide precisa de mais de um hospedeiro em seu ciclo de vida, ou seja, é heteroxênico. O seu hospedeiro intermediário é o mosquito do gênero Culex, que transmite as larvas do parasito para nós por meio de seus hábitos hematofágicos

- A transmissão começa quando o mosquito pica o homem para sugar o seu sangue. Durante a alimentação, as larvas da filária, em suas formas infectantes, entram em nossa corrente sanguínea

- Usando a corrente sanguínea para se deslocarem, as larvas acabam nos gânglios linfáticos do corpo,  se desenvolvem ao estágio adulto e se reproduzem, dando origem a novas larvas, as microfilárias. Como a reprodução gera enormes quantidades destes seres, as larvas podem acabar inchando os gânglios e, até mesmo, bloqueá-los

- As microfilárias vão para a corrente sanguínea, onde podem ser recolhidas por um outro mosquito durante o seu repasto sanguíneo. Dentro do intestino do mosquito, as microfilárias se desenvolvem e assumem a forma infectante da filária para contaminar outro humano


Prevenção da filariose: evitar a mordida do mosquito: controle da população do inseto (não deixar água parada, descartar lixo corretamente...), uso de roupas que cubram bem braços, pernas e outras partes que podem ficar expostas ao mosquito, uso de repelentes, telas, mosquiteiros, etc.

Sintomas da filariose: o sintoma característico é o inchaço dos membros provocados pelo bloqueio dos gânglios linfáticos, acumulando líquidos e provocando esse inchaço. A pele também pode adquirir uma aparência ressecada e áspera. A combinação destes dois sintomas faz com que os membros dos afetados lembrem os membros de elefantes, que são alargados e parecem "descascados", por isso, então, a doença também é conhecida como "elefantíase". Outros sintomas que a filariose provoca são: febre, dores musculares, mal estar e dor de cabeça, além do desconforto provocado pelo inchaço dos membros.


Moluscos:


Características:

- Simetria bilateral | (mesma coisa nos nematelmintos)

- Triblásticos | (mesma coisa nos nematelmintos)

- Esquizocelomados - possuem celoma verdadeiro (euceloma) derivado de células da mesoderme | (nos nematelmintos o celoma é falso, vem da blastocele)

- Protostômios - blastóporo dá origem à boca | (mesma coisa nos nematelmintos)

- Corpo dividido em três partes: cabeça - concentra os órgãos nervosos e sensoriais, além da entrada do tubo digestório; massa visceral - contém boa parte dos órgãos do molusco; e pé - apresenta musculatura desenvolvida e é usada para a locomoção e, em algumas espécies, para a captura de alimento

- Presença de concha em algumas espécies: estrutura feita principalmente de calcário que serve como uma proteção para os órgãos do molusco, especialmente porque o seu corpo é consideravelmente mole, não há uma sustentação rígida interna

- A parede corporal é o manto, camada que envolve a cavidade interna onde estão os órgãos e secreta os componentes da concha 

- O sistema nervoso é ganglionar, cefalizado e ventral. Os órgãos sensoriais são especialmente bem desenvolvidos e variados, apresentam órgãos de visão (olhos e ocelos), quimiorreceptores (cheiros e sabores), mecanorreceptores, estatocistos, etc. Algumas espécies, como os polvos, são particularmente conhecidas por serem muito inteligentes | (os nematoides possuem sistema nervoso parecido - ganglionar, cefalizado e ventral mas não têm órgãos sensoriais tão complexos)

- Sistema muscular bastante desenvolvido e diversas formas de locomoção: deslizamento, propulsão, tentáculos, etc. | (nos nematoides o sistema muscular e as formas de locomoção são limitadas)

- Sistema circulatório presente: distribui nutrientes e oxigênio para os tecidos do corpo. Existem casos de sistema circulatório aberto - o sangue cai em cavidades corporais, entrando em contato direto com os tecidos - e fechado - o sangue permanece dentro dos vasos durante toda a circulação | (sistema circulatório é ausente nos nematoides)

- Sistema respiratório presente: realiza trocas gasosas com o meio - elimina gás carbônico e obtém gás oxigênio para os tecidos. É bastante variado: pode ser pulmonar em espécies terrestres e branquial nas aquáticas | (nos nematoides o sistema respiratório é ausente, todas as trocas gasosas são feitas através da difusão)

- Excreção por metanefrídios | (nos nematoides é via renetes)

- Sistema digestório é completo (tem boca e ânus) e os hábitos alimentares variam: existem espécies herbívoras, carnívoras, onívoras e, inclusive, filtradoras. As não-filtradoras se caracterizam pela presença da rádula, uma língua raladora que usam para raspar pedaços de alimento. Em algumas espécies a digestão é exclusivamente extracelular e, em outras, acontece em ambos os meios | (nos nematoides o sistema digestório é completo, não existem espécies filtradoras e a digestão é predominantemente extracelular)

- Maioria dioica e minoria monoica | (nos nematoides todos são dioicos)

- Reprodução exclusivamente sexuada | (mesma coisa nos nematoides)

- Desenvolvimento direto na maioria das espécies terrestres e indireto nas aquáticas (larva trocófora seguida de larva velígera - moluscos fazem parte dos Lophotrochozoa) | (nos nematoides o desenvolvimento é predominantemente direto)

- Habitam uma variedade de ambientes: terrestre, marinho, água doce, etc. | (nematoides preferem ambientes aquáticos, poucas espécies terrestres)

- Importância econômica: pérolas e conchas, alimentação; e ecológica: bioindicadores, são grande predadores de animais, podem transmitir doenças (caramujos - esquistossomose), etc.


Reprodução dos moluscos:

- Moluscos terrestres costumam se reproduzir por fecundação interna e podem fazer fecundação cruzada já que existem espécies monoicas. O desenvolvimento dos gastrópodes (caracóis, caramujos, etc.) é marcado pela "torção", fenômeno onde a massa visceral rotaciona em relação ao resto do corpo (assim, as saídas dos tubos digestório e excretor ficam próximos à cabeça). 

- Moluscos aquáticos como os bivalves liberam seus gametas na água (fecundação externa) e têm desenvolvimento indireto com larva trocófora e, em alguns casos, velígera. Já outras espécies, como os cefalópodes, possuem fecundação interna (possuem um braço especial que inserem na fêmea) e desenvolvimento direto.


Classificação dos moluscos:

- Aplacophora: aquáticos de corpo vermiforme sem concha

- Monoplacophora: aquáticos com uma concha de peça única que cobre todo o corpo achatado na base

- Polyplacophora: aquáticos com concha formada por várias peças (oito ao todo), usam o pé achatado para se fixar em superfícies. Ex.: quíton

- Scaphopoda: costumam viver enterrados na areia (tanto nas praias quanto no solo marinho), têm concha no formato de "presa de elefante".

- Bivalvia: concha formada por duas peças ou valvas, conseguem abrir ou fechar estas peças através de seus músculos. O pé e a massa visceral ocupam a maior parte do corpo. São predominantemente marinhos, fazem respiração branquial, liberam seus gametas na água (fecundação externa), se alimentam filtrando a água, têm órgãos sensoriais e seu desenvolvimento é indireto (larva trocófora).  Podem servir como bioindicadores e são comestíveis. Ex.: ostras, mexilhões, vieiras, etc.

- Gastropoda: cabeça, massa visceral e pé desenvolvidos. Costumam apresentar concha univalve em espiral ou em "cone", sofrendo torção durante o desenvolvimento. Podem viver em ambientes terrestres ou aquáticos e, portanto, podem fazer respiração pulmonar ou cutânea (em terra) ou branquial (na água); são raspadores (possuem rádula). Órgãos sensoriais desenvolvidos (olhos, quimiorreceptores, mecanorreceptores, estatocistos). Podem ser consumidos como alimento, transmitir doenças (esquistossomose) e ser pragas para plantações. Ex.: lesmas, caramujos e caracóis.

- Cephalopoda: cabeça, massa visceral e pé desenvolvidos diferenciados: cabeça ligada ao pé, que é ramificado em braços e tentáculos que podem ser usados para a captura de presas e para o deslocamento; órgãos sensoriais e sistema nervoso muito complexos (animais muito inteligentes); conseguem se disfarçar e fugir de predadores através de bolsas de tinta e mimetismo ("camuflagem"); fazem respiração branquial, são raspadores e têm sistema circulatório fechado (únicos dentre os moluscos). Ex.: polvos, lulas, náutilos, sépias, etc.



Anelídeos:


Características:

- Simetria bilateral | (mesma coisa nos moluscos)

- Triblásticos | (mesma coisa nos moluscos)

- Esquizocelomados | (mesma coisa nos moluscos)

- Protostômios | (mesma coisa nos moluscos)

- Corpo metamerizado ou segmentado: corpo formado por vários segmentos (metâmeros) em formato de anel que se repetem ao longo da extensão do corpo, por isso o nome do filo ser Annelida - "pequenos anéis" | (diferente dos moluscos, que não têm corpo segmentado)



- O corpo também pode ser dividido em prostômio, peristômio e pigídio, além do conjunto de segmentos verdadeiros. Prostômio = primeira estrutura no sentido anterior-posterior, contém os órgãos sensoriais e não é um segmento; peristômio = primeiro segmento do corpo, contém a boca; pigídio: extremidade posterior do corpo, contém o ânus. 

- Crescimento teloblástico: novos segmentos se formam perto do pigídio, onde se localiza a "zona de crescimento" do corpo.

- Epiderme fina e permeável, acumula umidade e permite respiração através da pele. Alguns grupos possuem cerdas, "espinhos" na superfície corporal que ajudam na locomoção, capturar presas, respirar e atuam como órgãos sensoriais.

- Sistema nervoso ganglionar, cefalizado e ventral. Órgãos sensoriais são significativamente reduzidos, possuem ocelos, cerdas, quimiossensores, etc. | (o sistema nervoso dos moluscos é parecido mas podem apresentar estruturas sensoriais mais complexas como olhos e tentáculos.

- Se locomovem através do sistema muscular associado ao esqueleto hidrostático formado pela pressão exercida pelo fluido do celoma. Podem se mover rastejando, nadando (marinhos) ou usando as suas ventosas | (hirudíneos como as sanguessugas).


- Sistema circulatório fechado. | (nos moluscos geralmente é aberto)

- Respiração por difusão através da pele (respiração cutânea) é predominante, espécies aquáticas têm respiração branquial | (nos moluscos existe respiração cutânea, pulmonar e branquial)

- Existem espécies monoicas e dioicas | (mesma coisa nos moluscos)

- Reprodução principalmente sexuada, existe uma forma de reprodução assexuada na forma de regeneração mas esta é incomum | (nos moluscos é somente sexuada)

- Espécies monoicas se reproduzem por fecundação cruzada (trocam seus gametas entre si) e têm desenvolvimento direto. Espécies dioicas realizam fecundação simples e o desenvolvimento costuma ser indireto (larva trocófora - Lophotrochozoa) | (alguns moluscos também podem fazer fecundação cruzada, a presença de larva trocófora indica um parentesco entre anelídeos e moluscos)

- Nos monoicos, os ovos se desenvolvem dentro de "casulos" secretados pelo clitelo

- Excreção por metanefrídios (mesma coisa nos moluscos)

- Sistema digestório completo (boca e ânus), possuem anexos como papo (armazena alimento) e moela (tritura o alimento), a digestão ocorre extracelularmente. Algumas espécies, como os hirudíneos, se alimentam de sangue, por isso, possuem ventosas com "dentes" que se fixam ao organismo do lado de fora (ectoparasitas = parasitas "de fora") | (moluscos também têm sistema digestório completo e a digestão geralmente acontece fora das células)

- Podem viver em ambientes terrestres (costumam habitar o subsolo) e aquáticos | (moluscos também podem ser encontrados nestes habitats)

- Podem ter hábitos de vida livre ou de parasitagem | (sanguessugas)


Reprodução dos anelídeos:

- A reprodução dos anelídeos monoicos (oligoquetos e hirudíneos) ocorre através da fecundação cruzada: os dois indivíduos se posicionam de modo que as suas aberturas reprodutoras correspondentes estejam fazendo contato para que possam trocar os seus gametas. Os espermatozoides ficam armazenados nas espermatecas e o clitelo se desloca na direção destes órgãos, levando consigo os óvulos. Os óvulos e os espermatozoides se encontram e fecundam, formando vários ovos. O clitelo, então, começa a secretar o casulo, onde os ovos são depositados e ficam guardados. Através de contrações do corpo o clitelo é separado do resto do corpo, os ovos depositados no casulo se desenvolvem e deles saem indivíduos parecidos com os adultos (desenvolvimento direto)


- Nos poliquetos a reprodução é bem simples: os gametas são liberados e se fecundam na água, formando o zigoto, que passa pelo estágio de embrião, que, por sua vez, forma a larva trocófora (ciliada). A larva trocófora passa, então, por um estágio de crescimento onde são acrescentados novos segmentos na parte posterior do corpo e certas estruturas larvais são descartadas, dando origem ao adulto.

Classificação dos anelídeos:

- Hirudinea (hirudíneos): clitelados (clitelo pouco visível), sem cerdas e outros anexos em geral, monoicos com fecundação cruzada e desenvolvimento direto, sistemas circulatório e digestório reduzidos + presença de ventosas e dentes como adaptações ao modo de vida ectoparasita hematofágico (se alimentam de sangue e se grudam do lado de fora do corpo, endoparasitas, como platelmintos e nematelmintos, ficam no interior do organismo, como em seu tubo digestório), costumam habitar águas doces e foram especialmente utilizadas pela medicina no passado (sanguessugas)

- Oligochaeta (oligoquetos): clitelados (clitelo bastante visível), possuem poucas cerdas (oligochaeta -> oligo = poucas, chaeta = cerdas), geralmente se alimentam de matéria orgânica em decomposição (papel importante na agricultura - facilitam a entrada de ar e água no solo, decompõem os nutrientes para as plantas, etc.), vivem principalmente na terra, especialmente em subsolos e locais úmidos. Seu principal representante é a minhoca


- Polychaeta (poliquetos): não possuem clitelo e apresentam muita cerdas (poly = muitas chaeta = cerdas) assim como outras formas de anexos (brânquias, parapódios, tentáculos, etc.). São seres aquáticos, algumas espécies preferem viver enterradas no subsolo marinho, se expondo somente para capturar presas, enquanto outras vivem com parte do corpo enterrado e filtram os nutrientes da água. São geralmente dioicas, fazendo fecundação externa e apresentam fase larval (trocófora). Seus principais representantes são as nereidas e o verme bobbit.


Artrópodes:

Características: 

- Simetria bilateral | (mesma coisa nos anelídeos)

- Triblásticos | (mesma coisa nos anelídeos)

- Esquizocelomados | (mesma coisa nos anelídeos)

- Corpo segmentado/metamerizado: grupos de segmentos se fusionam para formar partes definidas do corpo, os tagmas | (nos anelídeos há metameria porém não ocorre fusão entre os segmentos)

    

- As partes do corpo estabelecidas pelos segmentos são: cabeça (boa parte da massa nervosa e sensorial, além da abertura do tubo digestório), tórax (de onde partem os apêndices articulados e parte dos órgãos) e abdômen (outra parte das vísceras do artrópode, geralmente é onde estão as saídas dos tubos digestório, excretor e reprodutor) 

- O corpo é envolvido por um exoesqueleto (esqueleto externo) de quitina, material bastante impermeável e rígido. Tal estrutura aumenta a proteção do artrópode, que consegue resistir a pressões maiores, reduz a perda de água, e ajuda principalmente na sustentação de órgãos e tecidos, especialmente os músculos. O exoesqueleto é feito por três camadas: epicutícula, pouco quitinada e com uma camada cerosa (aumenta a impermeabilização); exocutícula, a camada mais dura do exoesqueleto, é onde acontece o processamento da quitina e de proteínas (esclerotização) para enrijecer a estrutura; e endocutícula, a mais flexível da três, importante para a articulação dos membros do artrópode. 

- O crescimento do corpo não é acompanhado pelo exoesqueleto, que é uma estrutura fixa e rígida, assim, de tempos em tempos, o corpo precisa secretar um novo exoesqueleto para se adequar às novas dimensões corporais. O hormônio responsável por iniciar a muda (ecdise - artrópodes fazem parte dos Ecdysozoa, são parentes dos nematoides) é a ecdisona. Com a sua liberação, a epiderme se solta do exoesqueleto e começa a produzir uma nova epicutícula, seguida da procutícula (procutícula = exocutícula + endocutícula). Quando a nova carapaça está pronta, o artrópode se "incha" de água e ar, forçando a saída da "pele" antiga. Quando sai, a sua carapaça nova ainda está "dobrada" e leva algum tempo para se desdobrar, além disso, o exoesqueleto ainda não está "pronto" porque não foi endurecido, algo que também leva tempo para finalizar, por isso, quando o artrópode termina a muda, fica vulnerável.


- Possuem apêndices articulados: membros formados por várias partes que podem realizar movimentos específicos graças aos músculos de atuação antagônica (um contrai o outro relaxa) e ao exoesqueleto como sustentação. 


- Sistema nervoso ganglionar, cefalizado e ventral. Órgãos sensoriais bastante desenvolvidos e variados: olhos podem ser simples ou compostos, órgãos auditivos, percebem cheiro, gostos, comunicam-se com outros indivíduos através de sinais químicos (feromônios), possuem tato através de "pelos" no exoesqueleto, etc. | (anelídeos possuem sistema nervoso parecido mas seus órgãos sensoriais não são expressivos)

- Sistema circulatório aberto e com diferentes funções: em alguns grupos, servem somente para o transporte de nutrientes, já em outros circulam nutrientes e transportam gás oxigênio e gás carbônico (pigmento respiratório dá cor azul) | (anelídeos têm sistema circulatório fechado)

- Respiração pode ser feita através de traqueias, tubos rígidos que se comunicam diretamente com as células; filotraqueias (pulmões foliáceos), formadas por lâminas empilhadas como as folhas de um livro; ou brânquias nos animais aquáticos. Nos dois últimos casos as trocas gasosas são feitas com o sangue. | (nos anelídeos a respiração é ou através da pele - cutânea - ou por brânquias - branquial)

- Excreção feita por meio de túbulos de Malpighi (eliminam as excreções no tubo digestório, como o ânus serve tanto para a saída de fezes quanto para resíduos nitrogenados, dizemos que é uma cloaca), glândulas antenais, maxilares ou coxais (aberturas na parede corporal por onde são excretados os resíduos, como os nomes indicam, estão localizados, respectivamente, nas antenas, maxilas e coxas dos artrópodes) | (nos anelídeos a excreção é feita por metanefrídios)


- Sistema digestório completo (boca e ânus), possuem anexos como aparelho bucal (mandíbulas, probóscides, espirotrombas, estiletes, etc.) adaptados aos diferentes hábitos alimentares; papo e moela (armazenamento e trituração, respectivamente); hepatopâncreas (secreção de enzimas), etc. A digestão é, em sua maioria, feita extracelularmente, porém, existem espécies que liberam enzimas fora do corpo, digerindo o alimento para formar uma "pasta" que será ingerida posteriormente (digestão extracorporal), existem, ainda, espécies sésseis que filtram alimento da água e casos de parasitas (principalmente que se alimentam de sangue) | (o sistema digestório dos anelídeos também é completo, existem espécies parasitas e filtradoras e a digestão é predominantemente extracelular)

- Maioria dioica | (nos anelídeos a maioria é monoica)

- Reprodução predominantemente sexuada, existem casos de partenogênese (óvulo não fecundado dá origem a um novo indivíduo), principalmente nas abelhas. | (reprodução predominantemente sexuada nos anelídeos, casos assexuados são raros)

- Fecundação interna nas espécies terrestres (pode ser pela penetração durante a cópula ou pelo recolhimento de espermatóforos, bolsas de espermatozoides depositadas no solo) e externa nas aquáticas. | (mesma coisa nos anelídeos)

- Os artrópodes apresentam um modo diferenciado de desenvolvimento conhecido como metamorfose (alteração do corpo): as espécies com desenvolvimento direto, ou seja, sem metamorfose (ametábolas), têm indivíduos jovens idênticos aos adultos (ex.: traças e aranhas); as espécies com desenvolvimento indireto incompleto têm metamorfose hemimetábola, onde as fases jovens (chamadas de ninfa) são parecidas com os adultos, mas diferem em relação às suas estruturas (geralmente faltam asas, aparelho reprodutor, etc.), alguns exemplos sendo os gafanhotos e as baratas; por último, existem as espécies com desenvolvimento indireto completo, a metamorfose holometábola, onde as fases jovens diferem muito das adultas, passando por alterações expressivas durante os seus ciclos de vida (ovo - larva - pupa - adulto/imago), ex.: borboletas, mariposas, formigas, moscas, joaninhas, etc. A metamorfose concede uma vantagem para os artrópodes: como cada fase difere da outra, não existe disputa por alimentos entre elas, garantindo a sobrevivência dos indivíduos mais jovens.





- Filo com o maior número de espécies dentre todos os outros animais.


- Podem transmitir doenças para humanos e outros animais (doença de Chagas, febre amarela, zika, dengue, etc.). Alguns são pragas para plantações (gafanhotos, grilos, pulgões...)

- Muito importantes para a humanidade: limpam matéria orgânica morta, produzem materiais comercialmente explorados (seda, mel, cera), polinizam plantas que dão frutos, etc.


Reprodução dos artrópodes:

- Bem simples: gametas masculinos são liberados no interior da fêmea, fecundando os óvulos. Os embriões geralmente se desenvolvem em ovos que são postos pela fêmea em locais seguros ou que facilitem o desenvolvimento deles (troncos de árvores, interior de frutas, água, ...), podendo, também, ser carregados juntos ao corpo da mãe (como no caso das aranhas). 

- Nas espécies aquáticas ocorre basicamente o mesmo só que os gametas são liberados e se encontram na água. Alguns crustáceos costumam carregar os ovos na sua "barriga".

- Nas abelhas acontece a reprodução partenogênica, onde o óvulo não fecundado forma um novo indivíduo, o zangão;


Classificação dos artrópodes:

- Myriapoda (miriápodes): corpo formado por cabeça e tronco (tórax + abdômen), de dezenas a centenas de segmentos, cada um com 1 par de patas (quilópodes) ou 2 pares de patas (diplópodes), respiração traqueal, sistema circulatório sem pigmentos, reprodução sexuada com fecundação interna e desenvolvimento direto, excreção por túbulos de Malpighi, se alimentam de matéria sólida (mandíbulas), principalmente matéria em decomposição, quilópodes têm veneno para capturar presas. Ex.: centopeias e piolho-de-cobra



- Chelicerata (quelicerados): corpo formado por cefalotórax (cabeça + tórax) e abdômen, apresenta quatro pares de patas, não têm asas, mandíbulas nem antenas. Têm quelíceras para atacar a presa e pedipalpos que usam para manipular o alimento. Algumas espécies são venenosas (aranhas liberam veneno pelas quelíceras e escorpiões através de um ferrão na "cauda"). Sistema circulatório com pigmento respiratório, respiração filotraqueal, excreção por túbulos de Malpighi e glândulas coxais, reprodução geralmente com desenvolvimento direto. Exemplos: aranhas, aracnídeos, carrapatos e ácaros.




- Hexapoda (hexápodes): corpo formado por cabeça, tórax e abdômen, possuem três pares de patas, um par de antenas, alguns têm asas. Variedade nos hábitos alimentares: mandíbulas para alimentos sólidos - material em decomposição, carne e plantas; sugadores: néctar; perfurantes: sangue, etc. Sistema circulatório sem pigmento, respiração traqueal, excreção por túbulos de Malpighi. Reprodução sexuada por fecundação interna com os três tipos de desenvolvimento (ametábolo, hemimetábolo e holometábolo), além da partenogênese. Alguns são sociais (abelhas, formigas, cupins). Exemplos: baratas, cupins, formigas, abelhas, gafanhotos, joaninhas, vespas, grilos, besouros, etc.


- Crustacea (crustáceos): corpo formado por cefalotórax e abdômen, possuem cinco pares de patas, dois pares de antenas além de mandíbulas. Costumam viver no ambiente aquático mas algumas espécies podem passar algum tempo na terra firme. Fazem respiração branquial, têm sistema circulatório com pigmento, excreção é por glândulas antenais ou maxilares. Reprodução com fecundação externa e alguns com desenvolvimento indireto (larva náupilo). Se alimentam principalmente de plantas e outros animais (existem espécies filtradoras neste grupo: cracas). Certas espécies são consumidas como alimento: caranguejos, camarões e lagostas.




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